Pedimos desculpa pelo incómodo. Prometemos (tentar) ser breves.

28/04/2009

Parvoíces/AP.

Área de Projecto: muito se pode dizer sobre esta disciplina. Há quem concorde, quem discorde, e quem só pense em animais.

No entanto, não estou aqui para falar da disciplina em si. Nada sobre o desperdício de tempo para nos preparar para a vida boémia do ensino superior, quando bem poderíamos estar a estudar os 45 objectivos para o teste de Psicologia.

Não. Isso fica para a posterioridade.

Eu venho hoje falar-vos, não do que se planeia, nem do que a ministra (um bem-haja para ela) ou o departamento quer que nós façamos. Venho, sim, falar-vos do que realmente se passa nessas aulas. E assim apresento:

Uma espreitadela para um Mundo de contrastes.

É perguntam vocês: desque quando uma aula é um Mundo, e que contrastes é que há lá dentro?

Vá, perguntem. Eu sei que estão curiosos.

Bem... a parte do Mundo, é mesmo porque fica melhor que "uma Sala de contrastes".

Mas quanto ao resto... passo a explicar.

O primeiro contraste é em relação ao meu grupo de trabalho que, notavelmente, contrasta pela positiva em relação ao início do ano (Parabéns para nós ^^).

Mas o contraste mais evidente é para os diferentes níveis de parvoíce que se encontram dentro de uma sala.

Analisemos a situação: durante os, digamos, últimos 40 minutos da aula, alguns dos alunos que estavam com a parvoíce no seu auge divertiram-se a assustar os mais distraídos e a irritar solenemente toda a gente, ao fazerem um barulho que mais parecia um balão a rebentar com a ajuda de uma folha de papel dobrada em quatro. Como é que o fizeram? Não sei. Não me interessa. Já tive o suficiente para 27 anos.

"Ah, sim. Isso é parvo. E irritante."

Mas não é só. Para colmatar toda esta exibição deplorável, havia um outro alguém que regulava a abertura das persianas para obter um efeito de discoteca com metade das luzes fundidas (e sem bebidas, e sem empurrões, e chão peganhento, e isso).

E a professora?

Desengane-se quem pensa que é daquelas senhoras que não impõe respeito nem a um pinheiro de Natal, pois até tem uma voz que... é bastante característica, e impõe respeito (ou talvez não). Ela estava era ausente por razões professorais. Mas confesso que foi o momento da minha vida que mais tive pena de ela não estar por perto... (mas depois ela comeu um iogurte fora do prazo, logo, Deus castigou-a por não controlar as hordes [estou a brincar, não lhe desejo mal. Desde que ela me dê uma nota decente])

Mas para tudo na vida há um lado positivo (ou talvez não): pelo segundo dia consecutivo, encontrei gente mais parva que eu. E não eram os mesmos!

Sinto-me realizada!!!!

Eventuais leitores deste blog que não me conheçam pessoalmente poderão pensar que o ambiente na minha turma é horrível. Mas até nem é execrável de todo. Basta não falar com ninguém (salvo raríssimas excepções) e (normalmente) dá para viver.

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