Pedimos desculpa pelo incómodo. Prometemos (tentar) ser breves.

26/02/2010

Não-poliéster.

Perdoem-me os interessados no futuro dos poliésteres (sim, eu sei que são muitos, e que só não comentam porque compreendem que este é um tema extremamente polémico, preferindo por isso permanecer no anonimato), mas hoje vou falar (escrever, divagar publicamente, como queiram) sobre outra coisa.

Que é...

Homofobia.

Isto vem no seguimento do post passado. Se eu não tivesse já feito uma lista das coisas que odeio, fazia outra, onde HOMOFOBIA estivesse a laranja, em maiúsculas, a negrito, no tipo de letra maior que dá.

É daquelas coisas que não me cabe mesmo na cabeça. É algo que, caso houvesse uma lista de ideias/sentimentos nojentos comuns a uma data de gente, viria a par com o racismo, o extremismo, o terrorismo, e outros -ismos. Com as outras discriminações.

Eu, sinceramente, não me importa que uma pessoa seja heterossexual, homossexual, bissexual, panssexual (isto está na wikipédia, pelo que percebi é sentir-se atraído por tudo o que mexa ;D)... ou se é branca, castanha, preta, amarela, vermelha, azul, verde com uma padrão floral em tons arroxeados... ou se baseia a sua religião em um, muitos ou nenhuns deuses, nas forças do universo, em fadas e duendes, em livros ou poliésteres. PORAMORDEDEUS, o que é que isso interessa? É mais determinante do carácter de uma pessoa o facto de se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo, ter uma tonalidade de pele mais escura, ou ser judeu, do que acreditar que as tangerinas são os citrinos com mais aplicações culinárias? Eu cá não acho.*

Mas voltando à homofobia. Com isto tudo do casamento gay, já se estava mesmo a ver que iam voltar os velhos argumentos do "é contra a lei da natureza", "é uma escolha", "é uma doença", ou mesmo "desde que não me incomodem, nem andem aos beijos no meio da rua, a mim que me importa?"

Não são pessoas como as outras? Não têm todos coração, pulmões, cérebro, emoções? O ADN deles é muito diferente das outra pessoas, ditas "normais"? Então, não têm os mesmo direitos? A constituir família, a ter filhos, a serem FELIZES?

E não, não é uma escolha. Nem é contra a lei da natureza. E não é algo que deva ser escondido, mais do que a heterossexualidade. Porque mesmo negando ou odiando, a homossexualidade nunca deixará de existir. É algo que nasce e se desenvolve a pessoa, e que deve ser aceite. Sempre.

*Sim, foi um exemplo um bocado extremo, mas perceberam a ideia.

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