Pedimos desculpa pelo incómodo. Prometemos (tentar) ser breves.

13/06/2010

Se isto não é spam, não sei o que seja.

Aviso: este post é bem capaz de ser longo.

Bem sei que não escrevo há imenso tempo. Mas, ó multidões-delirantes-que-vêm-religiosamente-a-este-singelo-site-da-Internet-mais-que-uma-vez-por-dia-na-esperança-que-eu-decida-escrever, eu ando um bocado... atarefada.

No entanto, hoje estou revoltada, e decidi expressar esta minha revolta aqui. Estava eu muito descansada a ver os meus e-mails quando reparei num que, sinceramente, me irritou um bocado. Um certo alguém deste blogue decidiu contactar-me, e quase que fazer um sermão, explicando as razões pelo qual entretanto se dará um Armagedon à escala nacional. Ainda pensei em responder, mas provavelmente não daria em nada, ou apenas levaria a uma maior irritação. Portanto, decidi transcrever aqui o conteúdo da mensagem, comentado nas entrelinhas (a vermelho. Porque se o País está assim tão mal, mais vale que nos vamos habituando às cores da nossa [futura] paisagem apocalíptica.)

"Portugueses, (e portuguesas, já agora)

Hoje, 10 de Junho(tendo eu recebido o e-mail dia 13. Mas vá, não vamos por aí), é dia de Portugal, dia dos portugueses espalhados por todo o mundo. É o dia de um grande povo, portanto.
Hoje vivemos tempos difíceis. Mas também estas dificuldades do presente serão ultrapassadas se conseguirmos unir-nos.
Unidos, já conseguimos em oito séculos e meio de história vencer crises porventura maiores.

Há hoje um pequeno grupo de dirigentes do nosso país que se aproveita dum certo estado de anemia cívica (anemia cívica... parece perigoso. Comam iscas, gentes de Portugal!) para fazer avançar a sua agenda, para proteger os seus interesses que pouco ou nada têm que ver com o superior interesse nacional. De pouco adiantam os nossos legítimos sentimentos de reprovação se não conseguirmos demonstrar que estamos atentos, determinados e organizados para encontrar e apresentar alternativas que valorizem a vida humana em Portugal e defendam a família(a partir daqui, comecei a não gostar. Está bem que a família é importante. Mas o superior interesse é o de cada português, tenha ou não 50 primos direitos, 426 primos em segundo grau, 23 tios e tias, e pelo menos 5 irmãos. E quem está sozinho? Não conta?), condição de continuidade deste grandioso projecto político, cultural e espiritual, sempre renovado a cada geração, chamado PORTUGAL.(lindo... agora somos um projecto. A constituição, os órgãos de soberania, a bula papal que nos reconheceu como reino... são o quê, rascunhos?)

É preciso afirmar:

- A quebra da natalidade e o ataque à Família são as principais causas do envelhecimento populacional, do inverno demográfico que enfrentamos e da crise que se instalou no ocidente(amigos, isto são males comuns a todos os países ditos civilizados. Que incluem, entre outros, o Japão, que... pois, é no Hemisfério Oriental. O que é certo, e o que esta gente não se lembra, é que continuando a haver taxas de natalidade crescentes, qualquer dia a Terra não aguenta... mas tem de haver bebés para Portugal continuar, para que é que a Terra interessa?);

- Com o aumento do numero de dependentes de prestações sociais, a população activa terá cada vez mais dificuldade em arcar com os custos da "Segurança Social";(preferiam que isto fosse como os EUA há um tempo atrás, em que cada um só tinha os cuidados médicos que podia pagar? É que se sabem de um sistema melhor, não se inibam, comuniquem!)

- As famílias portuguesas são a verdadeira "Segurança Social" perante o crescente flagelo do desemprego; (não digo que não haja desemprego, mas isto soa TANTO a propaganda anti-governo. Não estou a afirmar que seja pró- ou anti-governo, creio que nestas condições actuais qualquer outro se sairia igualmente bem [ou mal, dependendo da perspectiva]. Só que dito assim, parece que meio País anda a pedir. O que ainda não é verdade.)

- A situação social tenderá a agravar-se com as políticas impostas por dirigentes irresponsáveis: liberalização do aborto, degradação do casamento civil (divórcio unilateral, casamento homossexual), deseducação sexual obrigatória nas escolas; (WTF? Este ponto enervou-me tanto, mas tanto, mas TANTO, que me apeteceu abanar a cabeça da pessoa que o escreveu até lhe cair o cabelo todo. Mas depois pensei: "Tem calma, não é assim que se mudam mentalidades". E decidi fazer uma crítica construtiva. Assim:
* liberalização do aborto: querem que as crianças nasçam em ambientes pouco saudáveis [não só do ponto de vista físico]? Que sejam criadas por quem não as quer? Quem sejam abandonadas, negligenciadas, abusadas? Que sejam "impostas" a outras crianças, ou a vítimas de violação? Eu sei que todos já ouviram estes argumentos, mil e trezentas vezes... por isso, passemos ao próximo.
* divórcio unilateral: "quando um não quer, dois não fazem". Se se tenta de tudo e mesmo assim não dá... o melhor é ir cada um para seu lado. Muitas vezes é melhor do que anos e anos de discussões, acusações, depressões...
* casamento homossexual: mas qual é o problema? É a palavra casamento? Têm noção que um casamento é meramente um contrato?)

- Pelo PEC, a irresponsabilidade despesista do Estado vai ser paga com o empobrecimento das famílias; (crise, já ouviram falar?)

- Uma política centralista continuará a drenar as energias demográficas e criativas do interior do país para as duas metrópoles litorais (caso do spill-over effect, portagens nas SCUT, TGV...) (sim, porque que em Urrós, Merufe e Infias há imensa gente criativa e inovadora.)


Se está inconformado e quer ter uma intervenção consequente, afirmando os valores da Vida e da Família, afirmando sem complexos a matriz cristã da Europa e de Portugal(gentes, a expressão "Estado Laico" significa alguma coisa para vocês?), colabore neste campanha singela. Ao longo das próximas semanas, coloque uma bandeira num local de sua casa (ou do carro) bem visível da rua.

Esta bandeira poderá ser impressa a cores (ficheiro anexo), ou - melhor ainda - pintada manualmente em família sobre a base em anexo. Desta forma procuraremos envolver directamente nesta jornada de mobilização cívica e patriótica aqueles mais novos que, dentro de poucos anos, arcarão com as mais duras consequências dos erros de hoje. ("vamos lá ver meninos, hoje vamos pintar uma bandeira juntos!" - desculpem, mas acham que isto vai MESMO mudar alguma coisa?)

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1ª Semana

AFIXAMOS A BANDEIRA DO CONDADO PORTUCALENSE - cruz azul sobre fundo branco.
Esta bandeira representará o princípio fundacional de Portugal, Terra de Santa Maria, alargando-se para sul e mar fora, a partir da primeira capital em Guimarães. (sim, lembrar a história é bom, devemos recordarmo-nos dos grandes tempos da nação... mas não é a viver no passado que se constrói um futuro.)

Diante dos perigos dos campos de batalha, os primeiros portugueses não hesitaram em colocar-se sob a protecção da Cruz. Ainda hoje os jogadores da selecção nacional de futebol a ostentam sob o escudo das quinas. (como poderiam ter uma bola de futebol, um elefante a sambar, uma salada de alface... calhou ser as quinas. Isso não é um sinal divino, 'tá?)

Afirmemos Portugal naquilo que temos de melhor: humanismo cristão, sentido de família, abertura ao outro."


A seguir, vinha a foto de duas bandeiras do Condado Portucalense, feitas à mão. E eu só pensava... "Mas que é esta m*rda??!!"

E a seguir, dizia:
Portugal pro Vida  -   valorizando a Vida e a Família, superamos a crise
http://portugalprovida.blogspot.com

E assim sendo, digo: Caros senhores do blogue acima referido, caso venham ao meu blogue, sejam benvindos... mas não me mandem e-mails. Nunca mais.

2 comentários:

  1. Nuno Eiró disse:
    Mê-Dô! --'

    Este país está quase a perder-se. É que ninguém vai pelo mesmo caminho.

    Verificação de palavras: Evedmiro. Lindo nome!

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