Férias = Montijo.
No que me diz respeito, isto tem sido a regra já há uns aninhos. É entre a minha cidade natal e esta, que a partir de Setembro e por uns 5 anos me acolherá, que tenho dividido o meu tempo de lazer.
Não que eu conheça muito bem esta zona. Nem sequer conheço muita gente (conheço e consigo identificar no máximo 20 pessoas (não tendo todas nascido aqui), sendo que só estou regularmente com 4). No entanto, devido a anos de observações científicas objectivas, consigo identificar razoavelmente as pessoas desta região, cujas características compreendem, não exclusivamente, as seguintes:
- uma atitude de confiança no próximo que se traduz num total à-vontade para partilhar aspectos da vida com pessoas que estejam, por acaso, no mesmo estabelecimento comercial;
- uma diversidade genética em termos de traços faciais pouco diversificada (excluindo minorias étnicas), que lhes dá um aspecto comum bastante... montijense;
- um sotaque inqualificável (exemplo: frigorífico = figorífique; Montijo = Montije) e uma maneira de falar bastante própria, que inclui o tratamento de todas as mulheres por "miga", mesmo que seja a primeira vez que se veja tal pessoa.
Realmente, os montijenses (ou mont'jénses, de acordo com a pronúncia local) são um povo acolhedor, que gosta de ajudar o próximo, de conversar, de fazer sugestões delicadas ("Têns de te fazer m'lhér!" ou "Veste lá isso, 'miga. Vás ver que te fica bém.") num tom não-tão-delicado. Mas com boas intenções. Vão ser uns bons 3, 5 ou mais anos (desde que entretanto não me expulsem).
Primeira aula de código: foi preciso ir à Atalaia para começar a tirar a carta.
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